Para Vagner Freitas, jornada de lutas resultará na maior greve geral da história do Brasil, convocada para 14 de junho
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Professores, estudantes e trabalhadores da educação de todo o Brasil amanheceram em luta neste 15 de maio, data que marca a primeira greve nacional contra políticas do governo Jair Bolsonaro (PSL).
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A paralisação antecede e faz parte do calendário de organização da greve geral de todas as categorias, convocada para 14 de junho. Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), destaca a importância dos atos de hoje.
“É a defesa da educação de qualidade. Educação não é adestramento, como Bolsonaro pretende fazer. Não só nas universidades públicas federais mas no Brasil inteiro, haverá um levante contra esse governo que procura emburrecer a sociedade brasileira diminuindo investimentos na educação e aumentando investimentos na retirada do direito dos trabalhadores”, afirma o dirigente.
Para Freitas, a greve dos setores da educação fortalece a oposição às políticas de Bolsonaro.
“O Brasil vai ter um processo de grande enfrentamento a um governo [que] vem se mostrando como o inimigo dos trabalhadores. O dia 15 de maio é mais uma soma para construirmos no dia 14 de junho a maior greve geral da história do Brasil, contra todos esses desmandos na educação, contra a reforma trabalhista, pelo crescimento dos empregos, e contra a crise econômica”.
A paralisação de todas as categorias no próximo mês tem como objetivo barrar a proposta de reforma da Previdência, projeto que, conforme denuncia o presidente da CUT, irá impor um sistema privado de capitalização, no qual os trabalhadores terão que contribuir sozinhos para sua aposentadoria, sem ajuda do Estado ou dos patrões.
“Bolsonaro cria a greve geral, provoca a greve geral. Sua agenda política de candidato já se mostrava hostil aos trabalhadores. Suas atitudes como presidente da República são de retirada de direitos”, reforça.
Na opinião do sindicalista, o corte no orçamento da educação e a aprovação da Medida Provisória (MP) 873, que impõe alterações para a contribuição sindical e enfraquece as entidades, possuem a mesma finalidade.
“São propostas de uma mesma política: que a sociedade permaneça calada. As universidades representam a voz de uma parcela da sociedade, os sindicatos a voz de outra parcela. Ambas vozes de trabalhadores e trabalhadoras que o Bolsonaro procura calar. A greve geral virá como um enfrentamento ao estado de coisas que estão acontecendo no Brasil hoje”, conclui Freitas.
Edição: Aline Carrijo