Sob pressão, Bolsonaro recua na medida contra trabalhadores

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Parlamentares cobram revogação total da medida provisória que é uma bomba contra trabalhadores

Diversos setores da sociedade e parlamentares reagiram contra a medida que colocava abaixo qualquer direito trabalhista.

Para a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) não adianta revogar só o artigo 18 da MP. “A medida inteira precisa ser desfeita. O Congresso precisa urgentemente mandar de volta essa bomba contra o povo”, diz.

“É um atrapalhado, um perturbado. Viu que a sociedade toda reagiu contra esse absurdo desumano e teve que recuar. Bolsonaro faria melhor se tirasse férias até o fim do mandato. Sua ausência seria uma benção para o país”, avaliou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

“O presidente fez terrorismo social com uma MP perversa em meio a uma crise sem precedentes. Com a reação gigantesca, diz que ‘mandou revogar’ o que ele mesmo assinou, como se houvesse um terceiro culpado”, diz a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA).

Para ela, não basta retirar apenas um artigo. “Ele retirou o art.18 que permitia a suspensão do contrato de trabalho por até quatro meses sem salário, mas não reduz a gravidade da proposta. Precisamos derrubá-la por inteiro”, afirmou.

O senador Humberto Costa (PT-PE) disse que valeu a luta de todos. “A medida era tão nefasta que nem o autor a sustentou. Agora, o que se fala, é que vão tentar retirar 50% dos salários dos trabalhadores. Estejamos todos atentos para continuar na luta”, afirmou.

Para o líder da Oposição na Câmara, André Figueiredo, trata-se de uma vitória parcial. “Pressão popular fez Bolsonaro revogar o artigo, que permitia suspensão de contrato de trabalho sem trabalhador receber salário. Estratégia de primeiro fazer besteiras e depois posar de bonzinho continua. Só que aos poucos está farsa vai se desmontando”, considerou.

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