Marcha das Margaridas: mulheres defensoras do campo, da floresta e das águas

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Duas décadas de celebração da Marcha das Margaridas, grandes ações de lutas e resistências coletivas das mulheres do campo, da floresta e das águas do Brasil e da América Latina. E que se mobilizam para prestarem justa homenagem à combativa Margarida Alves, presidenta do sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, brutalmente assassinada, no dia 12 de agosto de 1983, por denunciar o desrespeito e a violação dos direitos das trabalhadoras e trabalhadores rurais.

A contribuição da Marcha das Margaridas, nesses 20 anos, tem sido de grande importância para o enfrentamento aos abusos, ao combate às desigualdades sociais. Além, das lutas constantes pelo reconhecimento dos direitos à previdência pelo  digno trabalho no campo e ao fortalecimento do processo de sindicalização, a fim  de garantir o reconhecimento e empoderamento das trabalhadoras rurais.

As ações da Marcha das Margaridas têm o sentido de impulsionar cooperativas para  produção e escoamento de alimentos saudáveis e assim, o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva.

Para combater as violações dos direitos das trabalhadoras rurais no país essa grande mobilização nacional tem realizado ações eficientes pela inclusão dessas trabalhadoras rurais para que tenham voz e não baixem a guarda diante de tantas dificuldades, especialmente neste governo de Bolsonaro, que não apresenta vontade política para combater as desigualdades sociais na pandemia do coronavírus, que está devastando o Brasil, com mais de cem mil mortes pela Covid-19.

Um governo que  sequer apresenta propostas de investimento social que chegue até o campo para assegurar proteção a esse segmento mais vulnerável.

O desafio feminino no campo é enorme devido à sobrecarga de trabalho. Mas, isso só tem estimulado ações de lutas e resistências, desde a primeira Marcha das Margaridas, no ano de 2000, com a participação de cerca de 20 mil agricultoras, pescadoras e extrativistas, em Brasília. Em agosto do ano passado, já na 6ª edição, a capital federal recebeu mais de 100 mil Mulheres Margaridas.

Desse modo, com a mobilização de tantas Margaridas espalhadas pelo país, a expectativa é maior adesão e inclusão das mulheres nas lutas pela eliminação das desigualdades de renda e de injustiças no mercado de trabalho a fim de ingressar em espaços de poder e potencializar ações prioritárias no campo para o fortalecimento da democracia no Brasil e América Latina.

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