Valorizar quem cuida da população é valorizar a própria democracia. É fazer justiça com quem, dia após dia, sustenta a dignidade de todo um povo
Em tempos de tanto barulho e desinformação, é preciso parar e escutar quem de fato segura as pontas do Estado: os trabalhadores e as trabalhadoras do serviço público. Aqueles que, longe dos holofotes, estão todos os dias garantindo o direito à saúde, à educação, à segurança e à dignidade de milhões de cearenses. Valorizar quem cuida da população não pode ser apenas um discurso bonito. Tem que ser prática, tem que sair do papel e ganhar força nas decisões políticas, nas leis e no orçamento.
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O XIII CONTECE, encerrado no sábado (26), foi mais do que um congresso. Foi um encontro de gente que ainda acredita na força coletiva, mesmo diante de um cenário marcado por reformas governamentais, desmonte de políticas públicas e uma máquina estatal cada vez mais distante das necessidades do povo. Foram dias intensos de escuta, de trocas e de luta. O tipo de experiência que nos lembra que resistir também é um ato de cuidado — e que cuidar das pessoas passa, necessariamente, por cuidar de quem serve o público com dedicação e responsabilidade.
Não é fácil ser servidor hoje. Entre metas inalcançáveis, estruturas precárias, número reduzido de profissionais e salários defasados, ainda sobra a missão de atender quem mais precisa, mesmo que muitas vezes, sem o reconhecimento. Quando se ataca o servidor, não é só a carreira dele que se destrói, mas o acesso da população a direitos básicos.
Durante o XIII CONTECE, ouvir histórias de resistência, ver o brilho nos olhos de quem segue acreditando na transformação e perceber que há uma nova geração disposta a lutar nos trouxe esperança. Porque cuidar das pessoas começa por quem está do outro lado do balcão, da sala de aula, do posto de saúde, do CRAS, do presídio, da linha de frente. É nessas mãos que o Estado ganha forma e sentido.
Diário do Nordeste












