Os debates realizados no Senado Federal nesta quarta-feira (8) sobre os impactos da Inteligência Artificial (IA) na vida da população e na formulação de políticas públicas já haviam sido antecipados pelo movimento sindical durante a 1ª Conferência Nacional por Inteligência Artificial com Direitos Sociais, ocorrida nos dias 2 e 3 de outubro, em São Bernardo do Campo (SP).
O evento reuniu dirigentes, pesquisadores e representantes de diversas entidades sindicais na sede dos Metalúrgicos do ABC e na Universidade Federal do ABC (UFABC). O Sindicato Mova-se esteve presente, representado pelo dirigente Hernesto Luz, que participou das discussões sobre os desafios da revolução tecnológica no mundo do trabalho.
Na conferência, os participantes lançaram as bases de uma agenda voltada à inovação com proteção social, democracia e soberania nacional, destacando a importância de pensar a inteligência artificial a partir da perspectiva de quem trabalha.
Dias depois, o Senado, por meio da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT), presidida pelo senador Flávio Arns (PSB-PR), tratou do mesmo tema, ao discutir as ações da Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial (Ebia) e os impactos da tecnologia na sociedade. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação informou que a estratégia será atualizada com novas metas e investimentos, enquanto especialistas alertaram para o uso criminoso da IA e defenderam políticas públicas alinhadas aos interesses sociais.
A coincidência entre os debates reforça o papel dos sindicatos como protagonistas na antecipação de pautas estratégicas para o futuro do trabalho e para a construção de uma política nacional de tecnologia com justiça social.
