Ematerce ameaçada de extinção

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Os empregados da Ematerce estão preocupados com o futuro da empresa, pois estes ainda se recordam de quando esta era próspera e eficiente na prestação de serviços ao homem do campo, como bem indica seu slogan “Ematerce, semeando tecnologia no campo”. Hoje a Empresa se encontra sucateada, inoperante e abandonada pelo Governo do Estado.


As informações recebidas e constatadas durante visitas em alguns municípios do Estado é quanto a precariedade do funcionamento por conta da falta de materiais de escritórios, de expediente e até de limpeza, inclusive para higienização de banheiros, onde muitas vezes o empregado compra o material e ainda cuida da limpeza do local, além de conviver diariamente com a falta de combustível para visitar os agricultores.


Outro fator preocupante para os empregados é a ingerência política existente em todos os níveis, quando políticos indicam apadrinhados para cargos de nível local, estadual e regional, desrespeitando a legislação que determina exclusividade do cargo para profissionais da Empresa, como no caso do cargo de gerente regional.


O Governo alega que a crise na Ematerce se deve às questões trabalhistas com a penhora de veículos e sequestro de recursos, impedindo a realização de concurso público e a sua revitalização. No entanto, tais problemas foram causados pelo próprio Governo ao retirar direitos dos empregados.


Não adianta termos no Governo do Estado e na presidência da Empresa um ex-secretário e um ex-secretário adjunto da Secretaria do desenvolvimento Agrário (SDA) se até agora nada de concreto foi feito pela recuperação da Ematerce. Precisamos de gestores comprometidos com o desenvolvimento da agricultura familiar e da pequena agricultura.


Continuaremos cobrando e pressionando o Governo do Estado para que promessas não fiquem no papel, mas sejam cumpridas em favor dos funcionários e da sociedade. A Ematerce precisa ser reestruturada e resgatada para o povo cearense.


(Editorial publicado no jornal do Sindicato Mova-se edição Junho-Agosto de 2017). 

 

 

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