Aprovado no 13º Congresso Nacional da CUT, o Ato em Defesa da Soberania, Direitos e Empregos, que vai acontecer em Brasília no próximo dia 30, ganhou mais reforços. Além das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, as principais centrais sindicais do país – CTB, Força Sindical, UGT, CSB e Intersindical – também aderiram ao movimento.
A unidade entre as centrais e os movimentos sociais é fundamental para a luta contra as medidas neoliberais, privatistas e de ataques aos direitos da classe trabalhadora que começou com o golpe de 2016 e se agravou com a eleição do governo de extrema direita de Jair Bolsonaro (PSL), que indicou para o Ministério da Economia, o banqueiro Paulo Guedes.
“Bolsonaro já mostrou que não tem competência para ser presidente do país e também já provou de que lado ele joga. A classe trabalhadora está unida para enfrentar este inimigo em comum, que está queimando direitos, entregando nossas riquezas, nossas empresas públicas e ainda não apresentou nenhum projeto para gerar emprego e renda”, afirmou o presidente da CUT Sérgio Nobre.
Na manhã desta sexta-feira (25), ao convocar os trabalhadores e as trabalhadoras para o ato de 30 de outubro durante assembleia do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em frente à Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, o dirigente disse que é preciso mudar o curso de destruição que o governo Bolsonaro vem impondo ao país, com ataques à democracia e à soberania, com quase 50 milhões de brasileiros e brasileiras desempregados (12,6 milhões) ou no subemprego (38,8 milhões).
Vivemos um período tenebroso de desmonte de tudo aquilo que a gente conquistou. É preciso mudar esse rumo. É preciso gerar e manter empregos, trazer investimentos para a indústria e para o país crescer. Dia 30, em Brasília, vamos fazer um grande ato para o Brasil mudar de rumo
“Lutamos tanto para ter liberdade, lutamos a vida toda e já derrotamos uma ditadura e vamos lutar mais”, afirmou o presidente da CUT.
Para o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, é fundamental que a unidade das centrais, da classe trabalhadora e dos movimentos sociais fortaleça a luta, porque só assim, segundo ele, os rumos do país poderão mudar de fato.
“Só com muita luta conquistaremos um novo modelo econômico orientado ao crescimento da economia, geração de emprego e o desenvolvimento do país. Com isso, poderemos ampliar consideravelmente nossa força e a possibilidade de negociar melhores condições de trabalho e salários e de políticas e iniciativas para que todos possam viver com dignidade”, afirmou.
Ato em Brasília
A concentração do ato em Brasília está prevista para ter início às 10 horas da manhã no Teatro Nacional e deve terminar ainda na parte da manhã em frente ao Congresso Nacional, que tem a responsabilidade pela aprovação de todos os retrocessos que o governo encaminhou para análise e votação. Caravanas dos estados mais próximos de Brasília, como São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Bahia estão sendo organizadas.
Na programação da mobilização está prevista uma marcha que vai passar por vários ministérios, entre eles o de Minas e Energia, da Educação e principalmente o da Economia.
“A luta é contra a redução do tamanho do estado, a entrega do patrimônio público, das riquezas do povo brasileiro, como petróleo e o desmonte dos bancos públicos, a privatização dos Correios, Eletrobrás, e de diversas empresas públicas”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT), Juvandia Moreira Leite.
“O que a gente precisa, na verdade, é de uma política econômica gere emprego e que faça o país voltar a crescer”, concluiu a dirigente.