Fuaspec sugere reposição salarial de 36,65% e titular da Seplag diz que Estado apresentará proposta na próxima reunião

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O Fórum Unificado das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos Estaduais do Ceará (Fuaspec) reuniu-se na manhã desta quinta-feira (22), com o titular da Secretaria do Planejamento e Gestão do Estado (Seplag), secretário Ronaldo Borges, a fim de discutir a campanha salarial 2023 na Mesa Estadual de Negociação Permanente (Menp). O Fuaspec, composto por 36 entidades representativas, apresentou estudo referente ao período de 2014 até 1° semestre do ano corrente, que detalha perdas salariais de 36,65%.

O fazendário Lúcio Maia, autor da pesquisa, apresentou a execução orçamentária do Estado entre os meses de janeiro a junho de 2022. Entre receitas e despesas o Ceará tem superavit de R$ 2,04 Bi. À frente desses números, Maia propôs parcelamento da recomposição salarial em três vezes: 15% no mês de janeiro, 15% em maio e 6,65% no mês de setembro, mas Borges afirmou que é preocupante este novo cenário de queda na arrecadação.

Após o titular da pasta falar em desacelaração econômica, o professor Páuda Araújo, coordenador-geral do Sindicato Mova-se, questionou os valores pagos aos serviços terceirizados através de Organizações Sociais e Cooperativas que somam aproximadamente R$ 2 bilhões.

Rita Gomes, presidente da Associação dos Servidores da Secretaria de Educação do Estado do Ceará (Asseec) declarou que os servidores administrativos da educação ganham em média R$ 5,05 por dia de trabalhado. “Faça uma reflexão e pense no colega que serve o cafezinho”, disparou Rita Gomes após o titular da Seplag frisar que, no momento, não tem uma proposta sobre a reposição salarial em 2023.

A declaração do gestor sobre a falta de garantia para a recomposição das perdas inflacionárias desagradou as lideranças, todavia, a mensagem foi corrigida e Borges disse que, “havendo melhoria na previsão de receita o Estado poderá estudar um percentual de reposição salarial”, concluiu.

Eliene Uchoa, coordenadora-geral do Fuaspec, requereu que a proposta seja socializada, em nova reunião, quando sair o relatório do último quadrimestre econômico, antes de ser enviada para análise da Lei Orçamentária Anual (LOA).

Fonte: Fuaspec

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