REPÚDIO
ANIVERSÁRIO DE 66 ANOS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA É MARCADO POR AMEAÇAS: DEFESA DA VOLTA DA DITADURA NO BRASIL E O FIM DO ISOLAMENTO SOCIAL.
Entre sexta-feira (19) e domingo (21), os discursos do presidente da república (Jair Bolsonaro) contra a quarentena e toques de recolher exigidos pelos estados e municípios voltou a ganhar tom de ameaça, com promessas de “medidas duras” e possível uso das Forças Armadas.
O presidente costuma associar o isolamento social, recomendado por autoridades sanitárias e a Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter a disseminação da Covid-19, segundo o (des)governo esse cerceamento a liberdade da população, o presidente afirma que esse é um tipo de medida poderá levar a uma nova “ditadura”, no qual chegou a dizer, no primeiro semestre de 2020, quando suas ameaças se estendiam ao Supremo Tribunal Federal, que era preciso armar a população contra governadores e prefeitos que adotam quarentenas na pandemia. Um ano depois, as ameaças voltaram.
O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado do Ceará, MOVA-SE, vem por meio desta, repudiar as constantes ameaças à Democracia, ao Pacto Federativo propugnado pela Constituição Federal Brasileira, as liberdades individuais. Reforçamos que o abuso de autoridade já foi vivenciado nos dias mais sombrios no Brasil, na época de chumbo o uso das Forças Armadas, policiais institucionais seguiam em perseguição a adversários políticos, a liberdades de imprensa e de expressão. Não queremos este retrocesso!
Hoje nos deparamos com a maior crise sanitária de nossa história, o Brasil lidera o ranking com mais mortes por Covid-19 no mundo, e várias mortes poderiam ser evitadas se tivéssemos um governo sério e comprometido com a população. Assistimos paralisados ao colapso nos serviços de saúde pública, pessoas morrendo na fila por um leito de UTI, além de contar com um genocida no qual lança uma campanha forte de destruição do SUS.
Lembramos que o SUS (Sistema Único de Saúde) foi um resultado dos esforços de movimentos sociais e forças políticas progressistas, resistiu ao tsunami neoliberal da década de 1990, mas essa construção societária e os interesses nacionais estão sob forte ataque e, a saúde como valor solidário, direito de cidadania e dever do estado nunca esteve tão ameaçada como agora, isso sem falar dos ataques aos direitos de seus trabalhadores e trabalhadoras que salva vidas e estão na linha de frente nesta guerra invisível chamada pandemia, os profissionais da área de saúde são obrigados a conviver com míseros salários, sobrecarregados, ameaçados em sua aposentadoria e também morrendo infectado com o vírus da COVID-19.
Na maior crise sanitária da história, o Governo Bolsonaro e a esmagadora maioria dos políticosmercenários aprovaram no congresso nacional a PEC 186, chamada de minirreforma fiscal, que em resumo leva a desestruturação dos serviços públicos, além da tramitação da PEC 32 – contrarreforma administrativa no qual se entrar em vigor, haverá um saciamento de direitos, o desmonte por completo dos serviços públicos, incluindo o SUS.
Nós, juntamente com a sociedade civil organizada, estaremos em alerta contra qualquer ameaça, seja ela voltada ao terrorismo de Estado ou ameaças a qualquer instituição ou grupos neles infiltrados.
Continuaremos em luta por testagem em massa, vacinas para todos(as) e a defesa permanente do SUS!
Reforçamos a nossa solidariedade e defesa pelo auxílio emergencial decente para os que precisam!
Não à contrarreforma administrativa e desmonte dos serviços públicos!
JUNTOS EM DEFESA DA VIDA, SAÚDE E MAIS SERVIÇO PÚBLICO, MOVA-SE!
Assinam a nota:
Diretoria colegiada do sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado do Ceará (MOVA-SE)
Central Única dos Trabalhadores (CUT-CE)
Federação Nacional dos Servidores Públicos (FENASEPE)