Em reunião, no sábado (28), na sede do Sindicato do Mova-se, servidores dos Hemocentros de Quixadá, Sobral, Iguatu e Crato, apresentaram as principais reivindicações da categoria. Assédio moral, gratificação de localização, risco de vida, avaliação de desempenho e condições de trabalho, foram algumas das demandas.
Um ponto bastante discutido pelos trabalhadores foi o serviço de coleta externa, segundo eles, as condições de trabalho são péssimas, muitas vezes desumanas. “Viajamos sem diárias, em carros em péssimas condições, sem contar que na hora de calcular as horas-extras o governo não contabiliza o deslocamento”, afirmou uma servidora de Sobral.
De acordo com os servidores, o governo precisa olhar com mais atenção para os profissionais da saúde. Há tempos o Sindicato Mova-se denuncia esse desmonte na saúde, a falta de valorização de uma classe tão essencial no serviço público.
A não realização de concurso público foi outro item levantado pelos trabalhadores. Ao que tudo indica 70% do corpo de funcionários da saúde é composto por terceirizados.
Segundo os servidores dos Hemocentros, no dia 11 de abril, um documento com todas as reivindicações da categoria foi enviado ao Governo do Estado, no entanto até o presente momento não obtiveram nenhuma resposta. “Diante desse comportamento, entendemos que só iremos avançar através de medidas judiciais e com o apoio do Ministério Público. O governo não vai atender simplesmente porque é bonzinho, só irá atender se for obrigado”, destacou o servidor.
O Sindicato Mova-se encaminhará ofício ao secretário da Saúde Henrique Javi, contendo todas as demandas citadas durante a reunião. A categoria busca reunião com o governo para tratar das demandas específicas dos Hemocentros.
Durante o mês de junho, o sindicato irá percorrer o interior do estado para mapear os problemas de cada regional, a fim de coletar as demandas para uma futura ação judicial coletiva contra o Governo do Estado.
Pauta geral
• Reajuste salarial de 12,67%;
• Cumprimento da data-base (1º de janeiro);
• Combater o assédio moral em todas as unidades da saúde do Estado;
• Fim da terceirização abusiva;
• Fiscalização nas cooperativas;
• Concurso público;
• Não ao PLC 257/2016 (possui duras ameaças aos servidores públicos);
• Reestruturação e manutenção do Instituto de Saúde dos Servidores do Ceará – Issec;
• Incentivo profissional aos servidores;
• Reestruturação da tabela salarial;
• Plano de Cargos e Carreiras;
• Condições de trabalho
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