Consignações – Denúncias da mídia pressionam governo a ouvir servidores

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O MOVA-SE e demais entidades de servidores que compõem o Fuaspec (Fórum Unificado das Associações e Sindicatos de Servidores do Estado) acordaram com o governo, durante o último encontro da Mesa Central de Negociação, uma audiência pública sobre Consignação a se realizar na quarta-feira, 25, às 10 horas, na Seplag.


Pressionado pelas denúncias recentes na mídia nacional e local, o governo, representado pelo secretário Eduardo Diogo, de Planejamento e Gestão, finalmente concordou em reavaliar a questão das consignações, uma reivindicação antiga dos servidores.

Se antecipando às denúncias da Revista Época e do Jornal O Povo, o informativo do MOVA-SE em sua edição de novembro/dezembro de 2011 cobriu a ida dos diretores Rita Galvão, Boutala e do coordenador João Batista, na quarta-feira, 7/12/11, à gerência administrativa do Banco Central em Fortaleza quando foi protocolada a entrega de ofício e dossiê (CD) contendo 90 documentos, gentilmente cedidos pelo deputado Heitor Ferrer, denunciando o esquema de empréstimos consignados que já vitimou centenas de servidores no nosso estado.


No ofício, o MOVA-SE pede investigação nas relações entre o Bradesco, a Promus (cartão Único), empresa que lucra R$ 7 milhões por mês com a dívida dos servidores, e o governo estadual, que criou até as regras do que vem sendo chamado de ‘agiotagem chapa branca’.

A atitude do MOVA-SE foi uma reação à Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembléia Legislativa que havia negado na quarta-feira, 23/11/2011, requerimento da deputada Eliane Novais para a audiência pública sobre consignação solicitada pelo MOVA-SE e demais entidades que compõem o FUASPEC (Fórum Unificado das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos Estaduais do Ceará), do qual o MOVA-SE é integrante. Três deputados da base aliada do governo votaram contra e inviabilizaram o evento.


A diretoria do MOVA-SE participou na Assembléia Legislativa da reunião repleta de servidores com problemas financeiros devido à equação juros altos e parcelas a perder de vista, impostos para a concessão dos empréstimos. Os deputados Daniel Oliveira (PMDB), Osmar Baquit (PSD) e Manoel Duca (PRB), da base aliada do governo, votaram contra a audiência. Eliane Novais e Heitor Ferrer, a favor.

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